quarta-feira, 2 de abril de 2008

Apesar do 1° de abril...

19° Cartório de Registro Civil, Perdizes, por volta de uma da tarde. Aproveito minha semana tranqüila, pós-trabalhos tensos, para dar prosseguimento à abertura da encantada ME. Enquanto aguardo berrarem o número 272, minha senha, dou uma geral na fila de gente com cara de nada, espalhada por bancos ensebados e paredes curtas. A única figura que destoa no meio dos burocratas é um cara grandão e barbudo, totalmente coberto de tattoos esverdeadas, dos punhos até o pescoço, usando dreads, bandana, rayban e chinelo. Naipe de músico, lembra o Rick ta Life. Avisto o elemento ao mesmo tempo que um provável velho conhecido dele, que chega dizendo:

- Fala, meu velho! Como é que tá?
- E aê, fulano! Quanto tempo, hein?
- Pois é. E aí, o que tá fazendo?
- Tava parado por um tempo, mas voltei a tocar.
- Legal. Tá fazendo som com quem?
- Tô tocando na banda do Gilliard, cara.