domingo, 14 de agosto de 2005

Coluna do meio

E aos poucos vou desovando a ninhada. Noites e mais noites sem dormir direito acabam perdendo a graça, então você vê que é hora de fazer a faxina e deixar as crianças brincando na casa do vizinho. A rabeira da tabela tá aí, é só você fingir que nada está acontecendo que a segunda divisão te engole como um maremoto. Mas como o campeonato é longo, não existe resultado imediato, tudo se equilibra na regularidade. Se ver como parte de um processo talvez ajude. Se o prazo estiver chegando ao fim, vamos jogar mais duas semanas para frente. Não confundir com protelar. Pragmatismo talvez seja melhor. Organizar o jogo mesmo que não chame a atenção da arquibancada, dar dois toques de lado e um pra frente. No meio da encruzilhada você vai achar tudo isso muito tedioso, modorrento, vai desejar profundamente matar o trabalho para pegar um cinema às 2 da tarde e rir dos carecas engravatados com menos idade que você. O desvio é sempre mais natural que a linha reta e, como repete aquele personagem insistente do Kerouac, não se pode ensinar uma nova melodia ao velho maestro. Talvez seja verdade, repetimos os mesmos vícios, mas as placas de trânsito começam a fazer mais sentido quando fazemos isso com mais qualidade. Parreira às vezes é simpático.

5 comentários:

Anônimo disse...

Concordo com você. Morder a vida com todos os dentes, tal qual Cazuza e outros, é pra quem não tem medo da queda, e almeja demais o topo. Também acho interessante, mas tenho a impressão que ganhar a Libertadores e cair pra segundona do Brasileiro logo depois me parece meio esquisito. Vamos cozinhar o galo por enquanto, até se acostumar com as vitórias e derrotas. Salve Parreira!

Anônimo disse...

UMmmmmmm,
Entaum vc tbm....
Ow, ai, qdo meu pedido fica pronto, que especie de loja eh essa!!

Etil disse...
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Etil disse...

Favor se encaminhar ao guichê de identificação.

Anônimo disse...

e de futebol o q. cê ta falando? enfim, é verdade qdo diz que qto mais almeja, maior a queda... E eu sou tão megalomaníaca, uia!, fiz um desabafo!