quinta-feira, 14 de maio de 2009
Preguiça passageira
Prometi um post sobre o disco novo do Depeche Mode, Sounds Of The Universe. Mas nada de teorias rudimentares ao acaso por ora. Aliás, alguém me avise se souber de um equivalente ao Google Analytics que forneça estatísticas sobre os gatos pingados que entram aqui e baixam os discos que passo adiante. Não é questão de serviço público, mas curiosidade.
Eu estava até pensando no que escreveria enquanto não tinha tempo de fazer isso, mas agora que estou desocupado... serve se eu só passar o link pra baixar? Tá aí no começo do texto, em azul. Serve se eu escutá-lo pela 15ª vez enquanto escrevo isto aqui e admitir que estou começando a gostar, embora ainda perca feio para o anterior, Playing The Angel? Posso dizer também que tem duas boas pérolas ali, "Fragile Tension" e "In Sympathy", que lembram várias outras mais antigas e por isso mesmo são o feijão com arroz palatável de bases eletrônicas com bom gosto e formato de single que se espera deles. E se eu disser que o tiozinho loiro afetado que comanda a nave, Martin Gore, compõe e executa tudo muito bem, mas que deveriam proibir o figura de fazer voz principal? Já me apontou um colega: a faixa "Jezebel", não bastasse o nome, tem uma interpretação vocal digna de um Michael Bolton. Também dá para conjecturar que os discos solo do Dave Gahan estão fazendo bem para o Moda Passageira (embora só as viúvas da banda deem bola), pois o vocalista está compondo mais e deixando os rascunhos de ideias e entulhos musicais para esse projeto paralelo quase invisível.
Bom, deu para notar que os comentários foram descaradamente preguiçosos e refletem o meu momento de meio de semana. Durante a feitura, soube que a banda cancelou uns shows no Leste Europeu devido a uns revertérios (sei...) do vocalista. Faço votos para que não façam o mesmo na época da provável vinda para cá, em outubro, e que a performance seja menos indolente que estas linhas aqui. Mas os ânimos de momento são voláteis e podem engatar uma segunda a qualquer virada de esquina. Assim como Sounds Of The Universe, que melhora com o passar do tempo após o enfado causado na primeira ouvida.
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Estado de sítio
Falei tanto e acabei nem indo à Virada Cultural. O pretexto era irrecusável: três dias low-profile no sítio com amigos caríssimos (do melhor tipo que tem por aí), família do amigo gentilíssima, futebolzinho sedentário, terra na sola do pé e comilança. Optar entre fugir e ficar na cidade no único momento do ano em que ela se transforma em outra é, no mínimo, covardia. Sair do lugar sempre ganha do abstrair.
A questão é que ultimamente tenho conseguido enfiar o pé pra fora de SP menos do que gostaria. A grana apertada e a rotina estranha de trabalho não têm colaborado. Só para uma amiga neoparanaense, por exemplo, devo visita há uns seis meses. E cada vez mais funciono à base do susto, sem me programar demais. Dou cano em programa marcado com semanas de antecedência, mas a chance de você me encontrar se me ligar num sábado às onze e meia da noite é grande. No último feriado foi assim. A viagem não foi adiada aos 40 do segundo tempo. E a própria relação com a megalópole tem sido um xadrez estranho entre a monotonia contínua de vários curtos prazos seguidos e a dúvida sobre o que estarei fazendo no mês seguinte. Nada mais apropriado que um município chamado Piedade para dar aquele empurrão no momento de recarga.
Aliás, li poucos comentários empolgados com a Virada deste ano - sempre vinham com ressalvas do entulho de lixo, da muvuca e do aroma de mijo - e ainda terei a vantagem de sublimar os shows do Palco Brega até o ano que vem. Correr por estradinhas de terra ouvindo o Rei Robertão mandando "meu cachorro me sorriu latindo" por enquanto tem mais apelo do que pensar no Wando limpando o suor da testa com uma calcinha.
A questão é que ultimamente tenho conseguido enfiar o pé pra fora de SP menos do que gostaria. A grana apertada e a rotina estranha de trabalho não têm colaborado. Só para uma amiga neoparanaense, por exemplo, devo visita há uns seis meses. E cada vez mais funciono à base do susto, sem me programar demais. Dou cano em programa marcado com semanas de antecedência, mas a chance de você me encontrar se me ligar num sábado às onze e meia da noite é grande. No último feriado foi assim. A viagem não foi adiada aos 40 do segundo tempo. E a própria relação com a megalópole tem sido um xadrez estranho entre a monotonia contínua de vários curtos prazos seguidos e a dúvida sobre o que estarei fazendo no mês seguinte. Nada mais apropriado que um município chamado Piedade para dar aquele empurrão no momento de recarga.
Aliás, li poucos comentários empolgados com a Virada deste ano - sempre vinham com ressalvas do entulho de lixo, da muvuca e do aroma de mijo - e ainda terei a vantagem de sublimar os shows do Palco Brega até o ano que vem. Correr por estradinhas de terra ouvindo o Rei Robertão mandando "meu cachorro me sorriu latindo" por enquanto tem mais apelo do que pensar no Wando limpando o suor da testa com uma calcinha.
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