Como eu dizia no post anterior, apesar de Greg Dulli e Mark Lanegan ostentarem a banca de fanfarrões, ambos andam mais produtivos do que nunca. Prova disso é a notícia que acabo de ler: sai em maio Sunday at Devil Dirt, segundo fruto da parceria de Lanegan com a escocesa Isobel Campbell, apenas dois meses após o début do Gutter Twins ir para as lojas.
Considerando o primeiro trabalho, Ballad Of The Broken Seas, as expectativas são altas. Isobel deixou de ser aquela menininha inocente dos primeiros discos do Belle & Sebastian, quando emulava muito insossamente o canto etéreo da junkie Marianne Faithfull (fase 60's). Não acompanhei sua carreira solo, tampouco me empolguei com o pouco que ouvi de seu outro projeto, o Gentle Waves. Mas, enquanto entrava na casa dos 30, Isobel compunha sozinha Ballad... (assim como o novo, pelo que consta). Com uma sonoridade mais americana, com um pé no folk e o outro em Morricone, ela manteve ali o que tinha de melhor: sofisticação e graciosidade. Mark Lanegan confirmou ser um excelente coadjuvante, surgindo sempre com uma interpretação inspirada e etílica. Um pensamento bem metafórico e clichê vem à cabeça para tentar definir o álbum: se O Segredo de Brokeback Mountain fosse sobre um casal hétero, teria Ballad of The Broken Seas como trilha sonora.
Enfim, tentarei deixar links e escrever algo por aqui quando puser os ouvidos no novo disco.